Maior produtor de soja do Rio Grande do Sul, Tupanciretã, no Noroeste, abriu oficialmente a colheita do grão no Estado — que alcançou apenas 4% do total semeado. Como vinham apontando as projeções, os primeiros resultados evidenciam grandes perdas em relação à estimativa inicial.
No município, têm variado entre cinco e 25 sacas por hectare (de 300 a 1,5 mil quilos) ante uma média que nos últimos anos era de 54,55 sacas por hectare (3,24 mil a 3,3 mil quilos). As expectativas de que números melhores possam ser obtidos recaem sobre as lavouras plantadas mais tarde, a depender da chuva que cair daqui para frente, pontua o extensionista da Emater Gilberto Welzel.
Presente no ato, o governador Eduardo Leite voltou a mencionar o projeto com bancos de desenvolvimento do Estado para subsidiar custos para irrigação, como havia dito na abertura da 21ª Expoagro Afubra. Outro assunto que tem sido discutido refere-se à busca por soluções para questões legais que são apontadas como entrave para o avanço da chamada reservação de água.
— Estamos trabalhando para que em uma próxima estiagem estejamos melhor preparados — pontua o secretário da Agricultura, Giovani Feltes, que também participou da solenidade realizada na Agropecuária Coxilha Bonita.
A safra de soja está agora estimada em 14,16 milhões de toneladas, redução de 31,1% em relação ao que era esperado no início do ciclo.