Aos 90 anos, a entidade que fez da raça de cavalos crioulos uma grife aposta nas provas esportivas para ampliar suas divisas. Uma das metas da diretoria eleita nesta quarta-feira (05) para o comando da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) é fazer avançar o caminho em direção ao Centro-Oeste, ao Sudeste e ao Norte do país. E entende que a oportunidade para isso está em competições como a paleteada, o laço comprido, a campereada, entre outras. Tanto que uma vice-presidência para esportes será uma das primeiras medidas da gestão 2023/2024.
— Vai criar um foco diferente, dar um olhar diferente para essas provas. E o olhar que sempre tivemos na parte seletiva será mantido (com a vice-presidência já existente de exposições morfológicas e funcionais) — afirma César Hax, que assume como presidente da ABCCC.
Assim como no Brasil, o novo dirigente também vê espaço para o cavalo crioulo crescer em outros países, em um movimento já iniciado. Para Hax, as chamadas provas de rédeas são vistas como "a grande porta o Exterior".
— Existe um mercado muito grande para essas provas esportivas. Na pós-pandemia, os grandes centros buscaram esse contato com a natureza. Tem muito chão pela frente — reforça o novo presidente, atual vice administrativo e financeiro da entidade.
E as competições que se focam na evolução, na seleção da raça, como o Freio de Ouro, seguirão nas pistas justamente com esse propósito. Outra missão que Hax, criador há 20 anos, percebe como importante é de fomento ao usuário do cavalo crioulo.
— A gente precisa alimentar e desenvolver esse usuário. Se metade do esforço que vamos fazer para a raça avançar, vai faltar cavalo — completa.