Apesar do recuo apontado pelos números – tanto no mês quanto no trimestre –, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) vê um cenário de sustentação da demanda nas exportações de carne suína em 2022. De janeiro a março, foram embarcadas 237,5 mil toneladas, volume 6,3% menor do que em igual período de 2021. Somente em março, as vendas externas foram de 91,4 mil toneladas, recuo de 16,3% na comparação com igual mês do ano passado.
O presidente da entidade, Ricardo Santin, pondera que os resultados precisam ser avaliados com uma ressalva:
— Março de 2021 foi o segundo melhor desempenho da história para um único mês. Acaba parecendo que a exportação do de março não foi positiva, mas, ao contrário, é boa e denota tendência.
A leitura do dirigente é feita em cima dos dados deste ano. Nos primeiros dois meses, a quantidade ficou em torno de 70 mil toneladas, subindo agora para o patamar de 90 mil, ficando “muito próxima” da média mensal de 2021, de 94 mil toneladas.
Também há redução em receita. Santin, reforça, no entanto, que o mercado externo ajuda a equilibrar a pressão dos custos de produção. Segundo maior exportador entre os Estados, o RS também registrou queda: 27,86% no trimestre e 38,69% em março.
Saiba mais
- Em março, a exportação de carne suína alcançou 91,4 mil toneladas, uma queda de 16,3% no mesmo mês do ano passado. Em receita, foram US$ 190,3 milhões faturados, valor 27,3% menor
- Neste primeiro trimestre, o embarque da proteína chegou a 237,5 mil toneladas, número 6,3% menor que o mesmo período do ano passado. Em vendas, o saldo é de US$ 498,5 milhões, desempenho 16,1% inferior
- Entre os destinos de exportação em março, a China seguiu como principal importadora, com 34,1 mil toneladas (-41,8%), seguida por Hong Kong, com 9,7 mil toneladas (-44,2%), Filipinas, com 6,8 mil toneladas (+255,2%), Singapura, com 5,2 mil toneladas (+36,4%), e Argentina, com 5 mil toneladas (+71,5%)