No tempo presente, a aniversariante Porto Alegre ostenta a condição de segunda maior zona rural entre as capitais brasileiras, atrás apenas de Palmas, no Tocantins. São cerca de 9 mil hectares na Zona Sul, entre áreas preservadas e produtivas, de acordo com o plano diretor (atualizado em 2015). Presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre, Cleber Vieira, afirma que esse número mudou e pode ter chegado a 18 mil hectares.
Além do tamanho, a diversificação é outra marca da zona rural da Capital. Vai da produção de mel, passando pela pitaya e incluindo a pecuária de leite. Há dois anos, até a soja (foto) entrou na relação.
— Plantamos e criamos praticamente de tudo — diz o dirigente, cujo sindicato reúne 1,2 mil produtores, 90% deles de pequenas propriedades.
Sobre o futuro, Viera diz que é preciso considerar o presente, em que "a especulação imobiliária, a irregularidade de loteamentos e a falta de um georreferenciamento correto prejudicam o maior crescimento da região".
Regularização fundiária, revisão do plano diretor, criação de central de distribuição para minimercados e de uma Secretaria de Agricultura são algumas das medidas que têm sido apresentadas à prefeitura.
Soja na Capital
- Com o plantio da soja iniciado há dois anos, Porto Alegre terá em 2022 a primeira abertura oficial da colheita do grão, marcada para 26 de abril
- São 700 hectares, com estimativa de produção de 60 sacas por hectare, acima da média estadual, afetada pela estiagem. Para a próxima safra, a área é projetada em mil hectares
*Colaborou Carolina Pastl