Maior área cultivada com soja no Rio Grande do Sul, Tupanciretã, na Região Central do Estado, registrou algumas precipitações neste início de fevereiro. O retorno da chuva é bem-vindo, mas ainda insuficiente para dar conta das necessidades da planta. Dos 149, 1 mil hectares cultivados, 35% estão na floração e formação de vagens, com outros 45% na fase de enchimento de grão, quando a umidade se torna ainda mais crucial. O acompanhamento pluviométrico feito pela cooperativa Agropan mostra os volumes registrados até o momento no mês. O dia com a maior média nas localidades foi sábado (05), com 19,4 milímetros.
— Mas foi pouca chuva — diz Iziquiel Ceolin, da Agropecuária São Xavier, onde a coluna esteve na última semana e a chuva de sábado somou 20 milímetros.
A propriedade tocada pela família soma cerca de mil hectares de soja. Em alguns pontos, foi feito o replantio três vezes, na expectativa de buscar algum resultado, mas o grão não evoluiu pelo prolongado tempo seco. Nas áreas onde a plantação está na fase de enchimento de grão e maturação, os efeitos da falta de chuva também são visíveis, como mostra em vídeo o chefe do escritório municipal da Emater no município, Gilberto Welzel.
Levantamento atualizado das perdas em Tupanciretã aponta redução de 67,2% na soja, 80% no milho sequeiro, 30% na pecuária de leite e 30% na de corte, em relação às expectativas para esse ciclo.