No roteiro por áreas afetadas pela estiagem em quatro Estados brasileiros, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, fará nesta quarta-feira (12), no Rio Grande do Sul, sua primeira parada. Com previsão de chegada por volta das 8h30min, ela deve ir direto para uma propriedade rural em Buriti, em Santo Ângelo.
O município é um dos 45 da regional de Santa Rosa da Emater, onde as perdas gerais do milho, por exemplo, chegam a 45%. No processo da escolha, buscou-se um produtor que pudesse representar a situação da região. Na propriedade, de 50 hectares, a ministra encontrará um mix de atividades agropecuárias suscetíveis às intempéries: milho, soja, trigo, rebanho bovino de leite e de pecuária.
Depois de passar pelo local, Tereza Cristina tem encontro com representantes de entidades do setor no campus da Universidade Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI).
De forma conjunta, as federações da Agricultura do Estado (Farsul), dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), das Cooperativas Agropecuárias (Fecagro-RS) e das Associações de Arrozeiros (Federarroz-RS) e pela Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-RS) apresentarão uma proposta, que parte do princípio central de que é preciso saber com precisão a gravidade da estiagem para "desenhar a solução conforme o tamanho do problema", pondera o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz.
Daí a sugestão para que se prorroguem financiamentos com vencimentos entre 15/12 de 2021 e 30 de junho de 2022, para 1º de julho. O intuito é dar tempo para que se faça um levantamento, via Conab, no final deste mês. E, para que os municípios tenham tempo de fazer os decretos — que precisam ser homologados.
Luz lembra que, na estiagem de 2020, muitas cidades ficaram de fora do acesso às medidas em razão do ponto de corte ser a data da confirmação da emergência.
— A prorrogação é importante para que os produtores estejam adimplentes. Não podemos fazer o pleito em cima de perda que ainda não se sabe o tamanho — reforça.
Também será solicitado que o Conselho Monetário Nacional viabilize as linhas de crédito para a agricultura familiar determinadas por lei já existente. Do RS, a ministra vai a Chapecó (SC). Na quinta-feira (13), continua o giro em Cascavel (PR) e Ponta Porã (MS).