Parte da carga que será disponibilizada em Santa Rosa, no Noroeste, para o programa de Milho Balcão já chegou à cooperativa Cotrirosa. São 646,30 toneladas de um total de 3 mil toneladas que irão abastecer produtores da região. A inclusão desse novo ponto de distribuição atende à demanda de produtores familiares do Estado diante da escalada de preços do grão. O insumo é fundamental para a produção de proteína animal e, além do déficit habitual, o Rio Grande do Sul chega à segunda safra consecutiva com perdas decorrentes do mau tempo.
— O ministério da Agricultura atendeu pedido trazendo milho para esse local. Para o momento, será importantíssimo, mas temos de pensar no abastecimento futuro. Nossa preocupação é que possa faltar comida para os animais — pondera Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).
No Milho Balcão, o governo subsidia o custo do frete (trazendo o grão de outras regiões do país), diluindo assim o custo logístico. O Estado tem apenas três pontos de operação cadastrados — Marau, Erechim e Cruzeiro do Sul. O pedido para a inclusão de Santa Rosa, em razão da grande demanda existente na região, foi feito no ano passado.
No ano passado, um volume de 15 mil toneladas de milho haviam sido enviadas ao Rio Grande do Sul. Agora, nesta etapa, serão mais 8 mil toneladas. Desse total, 2,24 mil já chegaram (incluindo Santa Rosa) e 2,3 mil toneladas estão em trânsito.
Para ter acesso ao produto, os agricultores fazem cadastro na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), encaminham o pedido com a quantidade e, depois, realizam o pagamento do boleto.