O Rio Grande do Sul tem dupla chance de trazer para casa o título do Prêmio Brasil Artesanal 2020 – Charcutaria. Organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com a Academia da Charcutaria, terá o vencedor anunciado amanhã, em live transmitida pelo YouTube.
Os salames produzidos por uma agroindústria da Serra e outra do norte do Estado conquistaram uma posição entre os cinco finalistas (os outros três são de Espírito Santo, Minas Gerais e Paraná). As candidatas do RS têm em comum um “segredo familiar”.
A Zampa Grigia, de Carlos Barbosa, é estreante em concursos. Para Bruno Gedoz, um dos proprietários, o ingrediente especial está na carne.
A propriedade tem no plantel suínos da raça moura, que era criada pelos avós e bisavós, e teve a produção recuperada nos últimos anos pela família. Os produtos são vendidos em Carlos Barbosa, Garibaldi, Bento Gonçalves e Porto Alegre.
— Muitas das receitas, principalmente de salame, a gente buscou a origem no que meus avós e bisavós faziam e adaptou a questões legais hoje das inspeções sanitárias — complementa.
A tradição também é ressaltada por Olivar Araldi, um dos donos da Embutidos Araldi, de Sarandi. A receita de seu pai, já falecido, tem cerca de 45 anos e é seguida à risca. A agroindústria foi destaque na Expodireto de 2018 e ficou em 2º lugar no concurso de salame colonial da Expointer de 2017.
— Estar entre os cinco melhores do país é muito gratificante, um incentivo para tentarmos melhorar cada vez mais — relata.
Os produtos são vendidos no Estado (Sarandi, Porto Alegre, Carazinho, Passo Fundo e Palmeira das Missões), e fora, em São Paulo, Bahia e Mato Grosso.
*Colaborou Isadora Garcia