É no formato de audiência pública que o debate sobre o trigo geneticamente modificado terá seu primeiro capítulo no Brasil. O evento, coordenado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), será transmitido nesta quinta-feira (22) em tempo real via YouTube, a partir das 13h30 min. Neste momento, ainda que aberto a todo e qualquer interessado, deverá atrair a atenção principalmente de quem faz parte do setor no país.
Há 15 palestrantes, entre convidados e inscritos. A começar por Alexandre Garcia, gestor de pesquisa da Tropical Melhoramento e Genética (TMG), empresa brasileira parceira no processo de regulamentação da tecnologia, desenvolvida pela argentina Bioceres. A primeira pergunta. Nessa etapa inicial, o foco é a segurança da variedade que promete uma melhor resposta em situações de estresse hídrico e de salinidade. Isso a partir da transferência de gene do girassol transferido para o trigo.
Nessa etapa, a avaliação é do ponto de vista técnico. Mais adiante, caberá ao Conselho Nacional de Biossegurança analisar aspectos socioeconômicos do pedido de liberação comercial.
Amplificado em razão da aprovação comercial na Argentina, principal fornecedor de cereal do Brasil, o assunto provocou reação das indústrias, que também terão espaço para falar.
Assim como a Câmara da Cadeia Produtiva das Culturas de Inverno do Ministério da Agricultura, que tem representantes de todo o setor.
– É um assunto bastante plural. A câmara vai escutar, dar sua visão como consultada. Nesta quinta, será o primeiro passo– observa Hamilton Jardim, presidente da câmara.