
Nas fotos, o branco da geada sobre os campos do Estado produz belas paisagens. Na prática, a intensidade do fenômeno registrado no Rio Grande do Sul acendeu o alerta da preocupação nos produtores de trigo. A principal lavoura da safra de inverno era esperança de recuperar parte do prejuízo colhido no verão, quando a estiagem reduziu o volume de grãos. Com mercado e tempo favoráveis, os agricultores semeavam otimismo. Expectativa que poderá, literalmente, ir congelamento abaixo.
Embora tolerante ao frio, a cultura tem etapas do desenvolvimento e condições climáticas de grande vulnerabilidade. Diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri explica que a janela de risco é maior do que em outras lavouras:
– É complexo saber a dimensão disso, precisa de alguns dias para ver qual o reflexo. Mas, com certeza, haverá dano considerável no trigo, na olericultura, na fruticultura, e na cevada.
A apreensão é ainda maior no trigo plantadas mais cedo e de ciclo curto. A geada, nesses casos, pode causar congelamento da seiva, com perdas irreversíveis. Hoje, 22% da área está em fase de floração ou enchimento de grãos. O restante, segue em germinação e desenvolvimento, segundo dados da Emater.
Confira abaixo, imagens feitas em uma área de trigo localizada no município de Constantina, no norte do Estado.