O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Técnicos do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) seguem no encalço da nuvem de gafanhotos que circula pela província de Corrientes, no país vizinho. No último final de semana, os profissionais do órgão federal argentino percorreram a região atrás de sinais dos insetos e coletaram relatos de moradores locais. Nesta segunda-feira (13), as buscas serão retomadas.
A última posição estimada da nuvem é dentro do departamento de Curuzú Quatiá, a aproximadamente 160 quilômetros de Uruguaiana e a 120 quilômetros de distância de Barra do Quaraí, na fronteira com o Rio Grande do Sul.
Na sexta, quando estava programada nova aplicação aérea de agrotóxicos, relatos indicam que os gafanhotos saíram da estância Che Mbae em direção ao sudeste, pousando na zona de Zarza Rincón. A localidade fica nas proximidades da Ruta 30, estrada que corta a região. Posteriormente, eles teriam sido avistados a oito quilômetros da rodovia, em uma área da multinacional Bunge. No entanto, o Senasa não encontrou os insetos no local.
Fiscal agropecuário da Secretaria Estadual da Agricultura, Juliano Ritter explica que a distância da nuvem do Rio Grande do Sul tem se mantido estável e, por causa das temperaturas amenas, não deve avançar rumo ao Estado nos próximos dias. No entanto, Ritter destaca que o panorama pode se modificar no final da semana.
-A partir de sexta-feira o tempo esquenta e podemos ter temperaturas na casa dos 29 graus, clima que favorece o deslocamento dos gafanhotos – alerta.