Com a colheita encerrada, os números das perdas no Rio Grande do Sul em razão da estiagem vão ficando mais próximos da realidade. Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e IBGE divulgaram nesta terça-feira (9) novo levantamento da safra e revisaram para baixo as estimativas para o Estado. Mesmo assim, no cenário nacional, a safra de grãos se consolida como a maior da história.
Pelo levantamento da Conab, a colheita gaúcha de soja soma 10,85 milhões de toneladas, o que representa recuo de 43,4% na comparação com o 2018/2019 — e corte de 577,6 mil toneladas em relação ao balanço divulgado em maio. Esse volume é próximo ao projetado pela Emater, 10,6 milhões de toneladas. No total de grãos (incluídos os de inverno) são 25,8 milhões de toneladas, 27,5% a menos do que no ciclo anterior.
— A soja reduziu mais um pouco, e o arroz confirmou a alta — observa José Bicca, superintendente da Conab no RS.
A produção do arroz foi ajustada para cima, com volume 6,5% maior do que o do ano passado e produtividade recorde de 8.369 quilos por hectare. No total de grãos do Brasil, são 250,54 milhões de toneladas.
Para o IBGE, a colheita nacional é de 245, 9 milhões de toneladas . No Estado, a safra evidencia os prejuízos da estiagem, embora em patamares diferentes. Na soja, as 11,22 milhões de toneladas representam diminuição de 39,3% sobre o ano passado.
— A produção de soja teve queda de 1,4% sobre o mês anterior no país. Se deve aos problemas climáticos enfrentados no Rio Grande do Sul, que teve seca prolongada. Contudo, ainda é recorde — reforça Carlos Barradas, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.
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