O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Ao atingir a metade da colheita no Estado, a safra da uva deste ano se caracteriza por duas situações distintas. Por um lado, o inverno irregular e a estiagem enfrentada no início do ano reduziram o volume produzido nos parreirais gaúchos.
Por outro, as frutas que resistiram às adversidades climáticas têm conseguido alcançar até quatro graus Brix acima da média. Ou seja, estão com maior teor de açúcar em relação a anos anteriores.
O calor intenso verificado durante a fase de maturação acabou resultando em uvas mais adocicadas, segundo o presidente da Comissão Interestadual da Uva, Cedenir Postal.
— Para a indústria, isso significa vinhos e sucos de melhor de qualidade. Já o agricultor vai ganhar pela qualidade e não pela quantidade — resume.
O Rio Grande do Sul deverá colher entre 500 milhões e 520 milhões de quilos de uva em 2020, enquanto no ano passado obteve 690 milhões de quilos.
