A Secretaria da Agricultura contabiliza oficialmente, neste ano, seis ocorrências de mortandade de abelhas no Rio Grande do Sul. Os registros referem-se a colmeias localizadas em Caçapava do Sul, Capão do Cipó, Dom Pedrito, Farroupilha e Sananduva. E não incluem os casos relatados à Cooperativa Apícola do Pampa Gaúcho (Cooapampa), publicados pela coluna.
A comunicação é considerada fundamental para que se possa dimensionar o tamanho do problema. Há suspeita de relação das mortes com o uso incorreto do fipronil, usado para combater insetos como formigas, que atacam lavouras de grãos.
No ano passado, laudos confirmaram presença de resíduos de agrotóxicos em 88% das 43 amostras analisadas. Nos resultados positivos, 36% eram relacionados ao fipronil. Desde a metade do ano passado, as coletas seguem sendo feitas, mas os exames laboratoriais não têm sido realizados. Mantidas congeladas, podem ser examinadas a qualquer momento.
O acerto, segundo o Ministério Público, que tem inquérito civil aberto, é viabilizar que o Laboratório de Análises de Resíduo de Pesticidas da UFSM assuma essa tarefa. Reunião na Cooapampa está pré-agendada para o próximo dia 11, com a participação de representante da Colmeia Viva, que incentiva diálogo entre agricultores e apicultores.