O Brasil fechou o ano de 2019 com o melhor resultado da história das exportações de carne suína. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que foram embarcadas 750,3 mil toneladas ao longo dos 12 meses do ano passado, volume 16,2% maior do que o registrado em 2018, quando foram embarcadas 646 mil toneladas. Em receita, a alta foi ainda maior: 31,9%, com US$ 1,59 bilhão. Só em dezembro, as vendas chegaram a US$ 183,6 milhões, maior saldo mensal já alcançado pelo setor.
O principal destino do produto brasileiro foi a China, que assumiu o primeiro lugar já no primeiro mês do ano passado. O país ampliou em 61% o volume adquirido. Menos representativo no volume total, o Vietnã também pesou a mão nas compras: a quantidade adquirida foi 82,6% maior.
— A crise sanitária na Ásia reconfigurou o comércio internacional de proteína animal. A China, que foi a maior afetada, ampliou sua capacidade de importação de carne suína brasileira com a habilitação de novas plantas em novembro de 2019. Esse é um dos fatores que devem favorecer o aumento das vendas brasileiras em 2020, já que os indicadores de instituições como o Rabobank demonstram que esse quadro deve perdurar no mínimo ao longo do ano — avalia Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA.
Presidente da entidade, Francisco Turra acrescenta que, diferentemente dos russos, que desaceleravam as compras no final do ano em razão de questões climáticas, os atuais compradores mantiveram o ritmo fazendo de dezembro o melhor mês de 2019.
— Agora não há mês de férias. As exportações seguem aquecidas — afirma Turra
Os resultados de aves devem ser divulgados na terça-feira (7). Mas os dois setores juntos deverão somar mais de US$ 8,5 bilhões em exportações.
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