Principal cultura de inverno do Estado, o trigo deve gerar impacto direto superior a R$ 3 bilhões, segundo projeção da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro-RS). A quantia leva em conta a soma do valor bruto da produção (R$ 1,45 bilhão) e gastos na formação das lavouras (R$ 1,7 bilhão). Considerando todo o setor, a cifra vai além desse valor.
Com a colheita sendo finalizada, a avaliação é de que apesar dos estragos decorrentes da chuva, o resultado da safra é considerado positivo.
As precipitações registradas no Rio Grande do Sul entre outubro e novembro carregaram de preocupações os produtores. Com algumas áreas prontas que não puderam ser colhidas em razão das precipitações, veio o temor de prejuízos à safra, que vinha em um ritmo animador.
Presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (Acergs), Vicente Barbiero diz que a entidade estima em 200 mil toneladas o volume de cereal com baixa qualidade, sem condições de ser usado pela indústria. A quantia representa menos de 10% do total, de 2,2 milhões de toneladas.
— É a melhor qualidade já vista no Estado — acrescenta.
Paulo Pires, presidente da Fecoagro-RS, tem avaliação de essa foi “uma boa safra” e que há trigo de qualidade para panificação. As cooperativas recebem mais de 50% do total produzido no Estado.
Fatores conjunturais favorecem a procura pelo trigo gaúcho neste momento. O Paraná teve redução na colheita. E a escalada do dólar encarece o importado.
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