Com 80% do trigo colhido, a safra de inverno no Rio Grande do Sul deverá ser marcada por resultados distintos entre as regiões produtoras do cereal. Enquanto as lavouras concluídas na primeira quinzena de outubro tiveram boas produtividade e qualidade, as áreas colhidas mais tarde foram prejudicadas pelo excesso de chuva. Com o tempo seco dos últimos e próximos dias, a colheita se encaminhará para o final no Estado.
— Tudo vinha bem até meados de outubro. Depois disso, as dificuldades se acentuaram com ataque de doenças nas lavouras, resultantes da alta umidade — avalia Alencar Rugeri, diretor técnico da Emater.
Nas lavouras colhidas na última semana na região de Ijuí, no Noroeste, e de Passo Fundo, no Norte, os rendimentos foram regulares, mas com baixa qualidade do cereal. Segundo informativo da Emater, o peso do hectolitro (PH) baixou abruptamente à medida que as lavouras prontas não eram colhidas em decorrência do mau tempo. As últimas áreas apresentaram PH entre 70 e 73, com algumas até abaixo de 70.
— O maior problema é justamente esse, quando o grão não atinge a qualidade necessária para panificação e acaba sendo destinado para ração animal — explica Rugeri.
Muitas propriedades já solicitaram vistoria para acionar o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), seguro oficial voltado à agricultura familiar. Na próxima quinta-feira, a Emater divulgará projeção atualizada da safra de grãos. Inicialmente, o órgão previa produção ao redor de 2,2 milhões de toneladas.
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