A jornalista Karen Viscardi é colaboradora da colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A esperada retomada das exportações de carne bovina in natura para os Estados Unidos pode estar próxima. Fontes do mercado informam que uma missão está agendada para vir ao Brasil em janeiro, reforçando anúncio da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no final de novembro, de que aguardava para breve decisão dos norte-americanos sobre os embarques. Na ocasião, foram fornecidos dados adicionais, que ainda estão em análise.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, está otimista:
– Nossa expectativa é muito grande em relação à liberação, esperamos que ocorra ainda no primeiro trimestre.
Nem o provável acordo entre China e EUA, que deve resultar na redução de tarifas para produtos americanos no país asiático, tira o entusiasmo do dirigente:
– Os Estados Unidos são produtores de carne gourmet, como entrecot, onde têm preço. Nossa participação maior é em carne ingrediente, como patinho, e culinária, como coxão duro ou mole utilizadas em molho de massas. Nessas, os americanos não são competitivos – pontua.
Caso o mercado seja retomado, deve ajudar a manter o ritmo de expansão das exportações que já se verificou neste ano.
Segundo a Abiec, o volume deve crescer 11,3%, com 1,8 milhão de toneladas em 2019. Para 2020, a expectativa é de alta de 13% no volume exportado, alcançando 2,067 milhões de toneladas.