A demanda elevada por proteína animal brasileira tem feito o setor alcançar desempenhos históricos. Dado da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) mostra que o volume de carne bovina embarcado no mês passado foi o maior para um único mês. A quantidade, 185,54 mil toneladas, representa avanço de 15% sobre outubro de 2018. E a receita de US$ 808,4 milhões, 30% a mais. No acumulado, os números também são positivos, com aumento de 9,9% nas exportações e de 7,5% no faturamento.
O diferencial da balança tem sido a China, que vem ampliando seu percentual de compra. Não por acaso, tem aberto ainda mais as portas de seu mercado, habilitando mais plantas do Brasil a vender — bovinos, suínos e aves.
Esse cenário está valorizando a carne bovina fora e dentro de casa. A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) já notou aumento de 25% no produto nos últimos três meses e alertou recentemente que essa alta deve chegar ao consumidor.
Diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados do RS (Sicadergs), Zilmar Moussalle afirma que o valor da carcaça já teve valorização da última semana para esta, de R$ 0,50 o quilo. O Estado tem unidades habilitadas à venda aos chineses (Alegrete e Bagé, ambas da Marfrig).
— No Rio Grande do Sul, saímos do período de safra, quando há grande oferta. Então, o preço aumentou — acrescenta.
Como o período de final de ano costuma registrar aumento no consumo e a proteína animal está valorizada, a tendência é de produtos mais caros. O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados, Antonio Cesa Longo diz não ver ainda motivo de alerta e ressalta que a carne, de modo geral, está com preços menores em relação a anos anteriores.
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