O mercado de fertilizantes no Brasil seguirá sendo adubado pela necessidade de aumento da produtividade nas lavouras brasileiras. Com perspectiva de fechar o ano com volume recorde de vendas e crescimento de quase de 2%, o setor projeta continuidade de expansão, no mesmo patamar, em 2020. A avaliação é presidente da Yara Brasil, Lair Hanzen, que participou do evento Tá na Mesa, da Federasul, nesta quarta-feira (27).
— A lógica da agricultura brasileira continua muito forte. Brasil se posiciona cada vez mais como celeiro do mundo. Nos próximos 50 anos, teremos de produzir a mesma quantidade de comida produzida nos últimos em 10 mil anos acumulados. Para isso, você precisa produtividade — pondera Lair Hanzen, presidente da Yara no Brasil.
Apesar do volume recorde negociado, 2019 não é considerado um ano não tão positivo para a performance das indústrias.
— Brasil importa 80% do fertilizante do que consome. Então, dependemos do mercado externo. Neste ano, o produtor esperou para comprar esse adubo. E tem um momento até o qual podemos esperar para trazer o produto de fora, porque se não chega na época de plantio e não está aqui. Teve muita pressão sobre o adubo chegando e o mercado não andando. Depois andou e isso vai se resolvendo — explica o presidente.
Com 25% de participação no mercado nacional e 35% no gaúcho, a empresa de origem norueguesa ancora o otimismo futuro também no complexo industrial que está sendo erguido em Rio Grande e que deve ficar pronto no final de 2020, passando a operar a todo vapor em 2021.
A obra, que está com mais de 80% concluída, acabou se estendendo e exigindo investimento maior do que o inicialmente previsto. Segundo o executivo, do R$ 1,3 bilhão estimado na largada, passou para R$ 1,5 bilhão e agora está na casa de R$ 1,9 bilhão. Permitirá duplicação da capacidade de produção, de 650 mil toneladas/ano para 1,2 milhão de toneladas, e a capacidade de mistura, de 1,5 milhão de toneladas para 2,6 milhões de toneladas.
— Teremos uma planta com ensacamento totalmente automatizado. Será o maior e mais moderno complexo da América Latina.
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