Depois de dois anos sem ocorrências, o Rio Grande do Sul volta a ter casos de mormo. A confirmação de novas ocorrências veio da Secretaria da Agricultura. Segundo nota técnica, a doença foi identificada em um equino de propriedade localizada em São Lourenço do Sul, na Zona Sul, e em outro de propriedade de Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte.
O RS vinha buscando no Ministério da Agricultura a evolução do status sanitário, para Estado livre da enfermidade — a solicitação foi feita em julho deste ano. Hoje, nenhuma unidade da federação tem essa condição.
Como a doença não tem vacina ou tratamento, a medida para evitar que se espalhe é o sacrifício dos animais. O primeiro caso de mormo em território gaúcho foi confirmado em 2015. O último havia sido em julho de 2017. No período, somou-se total de 47 focos. Para ser considerado livre da enfermidade, um dos requisitos é estar há três anos sem registros.
— Seguiremos com a ideia de evolução do status sanitário, mas vai demorar um pouco mais para alcançá-la — lamenta Gustavo Diehl, um dos responsáveis pela Programa Estadual de Sanidade de Equídeos da Secretaria da Agricultura.
Com a doença, criadores precisam realizar exames, a cada seis meses, para a movimentação dos animais.
O mormo é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitido a humanos, embora isso seja raro.