Perto de completar um ano da confirmação do primeiro caso, o Rio Grande do Sul ainda vive à sombra do mormo. Dado mais recente da Secretaria da Agricultura mostra que o Estado tem 41 focos e 60 animais positivos para a doença.
Na prática, a enfermidade, que é infecciosa e pode ser transmitida a humanos, determinou a realização de exames negativos para a movimentação dos animais – a emissão da guia de trânsito animal (GTA) está condicionada a isso. O custo para atender à exigência foi um dos argumentos para o cancelamento de desfiles farroupilhas no ano passado.
Apesar de ainda presente, proporcionalmente, a doença perdeu força, garante o chefe do serviço de saúde animal da superintendência do Ministério da Agricultura, Bernardo Todeschini. Segundo o veterinário, são perto de 100 mil exames – um animal pode ser testado mais de uma vez. Considerados os 60 diagnósticos positivos, a frequência é baixa.
– O mormo é difícil de ser erradicado, e vai ficando mais difícil à medida que o número de casos diminui – diz Todeschini.
No momento, UFRGS, secretaria e superintendência da Agricultura realizam estudo de análise de risco para avaliar a possibilidade de ampliação do prazo da emissão de GTA a partir de um mesmo exame – de 60 para 180 dias. Rita Dulac, do Programa de Sanidade Equina da Secretaria da Agricultura, afirma que a intenção é ter um panorama dentro de um mês.
É importante o criador seguir fazendo a sua parte.
– A vigilância do serviço oficial e a conscientização do produtor ajudaram a chegar aos atuais índices – pondera José Arthur Martins, presidente em exercício do Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS.