Quando faltavam apenas 48 horas para o início da 20ª Expodireto-Cotrijal, um temporal passou com força pelo parque onde a feira é realizada, em Não-Me-Toque, norte do Estado. Foram várias pequenas avarias e estragos mais significativos em pelo menos três grandes marcas de expositores.
Mas na abertura dos portões, às 8h da última segunda-feira (11), não havia um vestígio sequer desses problemas.
O espaço estava pronto para ser o que vem sendo desde o início: um local de troca de ideias, de mostra de tecnologia de ponta, de aproximação de produtores com as ferramentas que podem melhorar o seu trabalho.
Não foi passe de mágica. Foi esforço coletivo.
E tem sido assim também no município onde a feira ocorre. A reboque da produção agrícola, veio o desenvolvimento como um todo.
Hoje, 84% da matriz tributária está na indústria e na agropecuária. Em 2017, os setores de transformação e beneficiamento, resultaram nos dois maiores valores adicionados. Exemplos desse crescimento impulsionado pelo campo, em que a feira entra como uma aceleradora, estão também no comércio e serviços.
Em 2000, primeira edição da Expodireto realizada em Não-Me-Toque, havia seis restaurantes na cidade de pouco mais de 17 mil habitantes. Agora, são 23.
Os três hotéis e 110 leitos se multiplicaram: agora são cinco (incluindo o primeiro Ibis no país em cidade com menos de 20 mil habitantes) e 450 vagas.
O município e a feira não estão imunes aos efeitos da crise e da recuperação lenta da economia. Mas há um querer coletivo para que as coisas deem certo. E isso faz muita diferença na hora da ação.