Coração do agronegócio nacional durante cinco dias, a Expodireto-Cotrijal, que começa nesta segunda-feira (11) em Não-Me-Toque, é vitrine do que o setor tem de melhor. Ao mesmo tempo, um espaço privilegiado para ser visto pelo segmento.
Não por acaso, a cerimônia de abertura transforma o evento em centro da política brasileira. Ainda que o sonho de contar com a participação de um presidente da República não tenha sido concretizado ao longo das 20 edições (Michel Temer esteve como presidente em exercício em 2014), políticos de todas as esferas fazem questão de marcar presença.
Nesta segunda não será diferente. Pode-se dizer que o evento será o primeiro grande teste de popularidade no Rio Grande do Sul do governo de Jair Bolsonaro junto ao público que o ajudou a se consagrar nas urnas.
É também por isso que cresce a expectativa por algum anúncio a ser feito pelos representantes enviados pelo Planalto: a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o vice-presidente, Hamilton Mourão.
Há reivindicações imediatas e outras para longo prazo. E deve ser nas de maior fôlego que o governo promete trazer novidades.
Isso inclui o desenho do próximo Plano Safra, que vem sendo gestado pela equipe do Ministério da Agricultura.
Novo modelo para o crédito, com redefinição de faixas dos financiamentos agrícolas, é um dos tópicos que poderá ser detalhado na feira.
Outros dois temas estarão na pauta da ministra: a situação dos arrozeiros (na noite de ontem, ela se reuniria com representantes do setor) e o pedido para suplementar o Moderfrota, linha voltada às aquisições de máquinas e implementos, carros-chefes do evento.
Como no caso do arroz já há reunião agendada em Brasília, dificilmente será anunciado algo na feira. Quanto ao reforço no caixa, a expectativa de que se concretize se mantém até o último minuto da 20ª Expodireto.