A evolução do plantio de arroz no Rio Grande do Sul vem esbarrando no excesso de umidade. Levantamento mais recente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) mostra que, embora semelhante à evolução da safra passada (quando também houve alteração no ciclo), na maior parte das regiões há atraso do percentual semeado em relação a outros anos.
A Fronteira Oeste totalizou 33,67%, ante 44,52%. A Planície Costeira Externa é a única que avançou mais agora do que na safra 2017/2018, somando 11,03%.
– Estamos atrasados pelo clima. Mas o que mais preocupa são as previsões daqui para frente – afirma Maurício Fischer, diretor técnico do Irga.
Os prognósticos indicam janelas mais curtas de tempo seco, o que poderá impor ritmo ainda mais lento ao plantio da cultura. A largada tardia impacta em todo o ciclo. E pode comprometer o rendimento. É importante chegar ao desenvolvimento reprodutivo quando há dias mais longos e maior luminosidade.
– Historicamente, as melhores produtividades são de arroz semeado em outubro. Quanto mais atrasa, mais vamos perdendo a luminosidade ideal. Salvo exceções, como a da última safra – pontua Fischer.
Em 2017/2018, apesar do descompasso do ciclo, os produtores foram brindados com calor e luminosidade no período necessário.
A intenção de plantio indica redução de 70 mil hectares de arroz em relação ao período anterior.