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Impactado pelo tabelamento do frete, o setor produtivo promete acompanhar de perto a audiência pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), prevista para terça-feira (9). Na ocasião, serão discutidas propostas para regulamentar sanções a quem não aplicar os valores estabelecidos. Uma das entidades preocupadas com o tema é a Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz).
– A ANTT inverteu a ordem e regulamentará primeiro as multas. O processo foi feito à revelia dos usuários, não temos ingerência, e isso nos preocupa muito – diz Andressa Silva, diretora-executiva da entidade.
Além da audiência, há consulta pública desde o dia 9 de setembro, para coleta de sugestões. O prazo, aliás, é um dos pontos questionados pelo Abiarroz. O consenso é de que, na prática, o tabelamento não está funcionando. Mais do que isso, tem provocado efeito que só agrava o real motivo da baixa remuneração dos fretes, que é o excesso de oferta. Para não ficarem reféns, empresas estão investindo em frota própria.
No caso do arroz, a alta dos custos foi de 35% a 50% com a primeira tabela. Após a atualização, em razão do aumento do diesel, mais 5% foram acrescidos, diz Andressa.
Presidente da Associação das Empresas Cerealistas do RS, Vicente Barbiero se diz desanimado. A expectativa era de que o STF julgasse ações de inconstitucionalidade da tabela neste ano, o que não deve acontecer.
– Estamos perdendo uma baita oportunidade de aproveitar o dólar alto. Os negócios futuros de soja estão completamente parados – diz o dirigente.