O resultado colhido no campo teve impacto direto sobre as vendas de produtos vitivinícolas em 2017. Depois de um primeiro semestre de recuo nos negócios, a curva começou a se inverter a partir do segundo, ganhando ainda mais força nos três últimos meses do ano. A ponto de fazer o segmento fechar com alta de 5,67%, com a venda de 363,18 milhões de litros de vinhos, espumantes, sucos e derivados de uva, conforme dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
A explicação para a marcha lenta do início do ano passado vem da safra de 2016. A quebra fez com que se chegasse ao início de 2017 com falta de produto. Também aumentou custos de produção. Somou-se a isso a crise econômica e política que deixou o mercado retraído.
– Essa conjuntura começou a se dissipar apenas a partir do terceiro trimestre – afirma o presidente do Ibravin, Oscar Ló.
Do total de vendas de 2017, 32% foram concretizadas entre outubro e dezembro.
Diego Bertolini, gerente de promoção do Ibravin, destaca ainda a recuperação do suco de uva, que cresceu quase 16%.
– A retomada do mercado de vinhos brasileiros é outro ponto positivo (houve avanço de 2,19%). O ponto negativo é que o importado cresceu mais do que nós (34,42% ) – ressalta Bertolini.
Hoje, o vinho brasileiro tem 62% do mercado. Para ser mais competitivo, o setor reivindica a retirada da bebida do regime de substituição tributária.