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O foco no combate ao abigeato (furto ou roubo de animais) vem produzindo resultados positivos. Dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública mostram que nos primeiros dois meses deste ano houve recuo de 30,8% em relação a igual período do ano passado (foram 832 ocorrências). No comparativo anual – 2017 ante 2016 –, a queda foi de 25,5% nos registros.
Produtores confirmam na prática o que os números sugerem: o quadro melhorou significativamente desde a implementação da força-tarefa focada no combate a esse tipo de crime, no último trimestre de 2016.
– No sindicato, tínhamos uma brincadeira interna: quem será sorteado nesta semana? De tantos casos que aconteciam. Isso foi sanado pela força-tarefa, a ação mais eficiente dos últimos 20 anos – observa Rodrigo Moglia, presidente do Sindicato Rural de Bagé.
E o governo do Estado tem contado mais do que com o apoio dos pecuaristas. Como são os maiores interessados em frear a prática desse crime, pelos evidentes prejuízos econômicos, os produtores estão dispostos a colaborar financeiramente para a causa. Moglia explica que há um grupo de mais de 20 sindicatos que realiza contribuição mensal:
– Com isso, conseguimos aportar recursos imediatos para que a força-tarefa faça deslocamentos, para conserto de viatura.
No Sindicato Rural de Bagé, há ainda um funcionário que concentra todas as informações e denúncias de abigeato, posteriormente repassadas à força-tarefa da polícia.
Ao priorizar essa demanda antiga do setor, o governo também se favorece – o agronegócio tem um peso político importante. No ano passado, durante a Expointer, o governador José Ivo Sartori anunciou a criação da Delegacia Especializada na Repressão de Crimes Agropecuários e de Abigeato. Funcionará em cinco cidades – três sedes principais (Bagé, Camaquã e Santiago) e duas complementares (Cruz Alta e Rosário do Sul).
Na prática, essas delegacias ainda não saíram do papel.
O delegado Fernando Sodré, diretor do Departamento de Polícia do Interior, estima que dentro de dois meses possam estar funcionando:
– Estamos trabalhando na busca de recursos para a instalação.