Se o viés político habitualmente marca presença na Expodireto, em ano de eleição, ficou ainda mais evidente. Nos discursos da cerimônia de abertura, o assunto apareceu de forma clara e também em frases de efeito.
Representantes do Planalto, os ministros Carlos Marun, da Secretaria-Geral do Governo, e Eliseu Padilha, da Casa Civil, enfatizaram a retomada do crescimento e utilizaram a queda na taxa básica de juro e a inflação em baixa como bandeiras do governo de Michel Temer.
Padilha não encerrou o discurso sem defender, mais uma vez, a reforma da Previdência:
— Não há ajuste fiscal se não houver reforma.
Os produtores ouviram das autoridades temas que lhes são caros, como a questão da segurança.
— Vivemos um Estado de desarmamento que não tem nenhum tipo de coerência — afirmou o presidente da Assembleia, Marlon Santos, ao abordar o porte de arma nas propriedades rurais.
O governador José Ivo Sartori falou sobre a disputa eleitoral:
— Não contem comigo para demagogia neste ano de eleição. É hora, sim, de pensar nas próximas eleições, mas isso não nos afasta de olhar para as próximas gerações.
O prefeito de Não-Me-Toque, Armando Roos, afirmou que hoje há uma nova geração, que se distancia dos partidos políticos “e olha para os homens que irão administrar”. Defendeu ainda a necessidade de reforma política :
— Não é possível trabalhar com 40 partidos, a maioria para negociatas. Precisamos de gestores, administradores.