Com dificuldades para obter licença ambiental para a dragagem de manutenção completa, a superintendência do porto de Rio Grande decidiu adotar nova estratégia. Para conseguir autorização junto ao Ibama, deverá realizar a obra em etapas. Em fevereiro, novo plano para limpeza do canal deverá ser entregue. Por enquanto, estão sendo feitos levantamentos para identificar o volume de sedimento a ser retirado.
O assoreamento do canal de passagem faz com que, dependendo das condições meteorológicas, navios não consigam zarpar – o que ocorreu duas vezes no ano passado. O calado operacional é de 12,8 metros.
Em 2015, o contrato para a realização da limpeza chegou a ser assinado. Os recursos – R$ 368 milhões – vêm do governo federal e seriam utilizados para retirar 18,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos. De lá para cá, a obra se perdeu em meio à burocracia. Secretaria Nacional dos Portos e Ibama divergem quanto à caracterização da dragagem – o primeiro avalia que é de manutenção e o segundo, de aprofundamento.
– Em algumas oportunidades, éramos surpreendidos com novas exigências do Ibama – diz o superintendente Janir Branco.
Uma foi para que se realizassem estudos indicando novos locais para o descarte. Entre as motivações para o pedido do órgão ambiental, está o aparecimento de lama na Praia do Cassino.
Essa obra escalonada ainda não tem data definida. O escoamento da nova safra provavelmente começará sem a limpeza.