Recuperados em ações da força-tarefa criada para o combate do abigeato, cerca de cem animais aguardam destino em uma fazenda do Exército em Rosário do Sul, na Fronteira Oeste. São bovinos sem ou com marcação de fogo apagada e que não podem ser reconhecidos pelas vítimas. Preocupados com a situação, policiais buscam alternativas.
– Precisamos de solução mais prática. Uma ideia seria fazer leilão judicial – diz o delegado André de Matos Mendes, um dos coordenadores da força-tarefa.
Presidente da Frente Parlamentar de Combate aos Crimes Agropecuários, o deputado Sergio Turra (PP) decidiu levar a proposta adiante. Além de estudar projeto de lei, acionou o Ministério Público, para ver se existe alguma possibilidade de viabilizar leilões. O dinheiro obtido poderia reverter em favor das vítimas.
– Vai avolumando o número de animais. Além das despesas, isso pode virar até um problema sanitário – diz.
A força-tarefa de combate ao abigeato foi montada no último trimestre de 2016. De lá para cá, mais de 20 operações foram realizadas pela polícia, com 163 prisões e cerca de R$ 7 milhões em ativos recuperados.