A geada registrada no Rio Grande do Sul cobriu de branco as lavouras de trigo (na foto, área experimental em Passo Fundo). Temor dos produtores se ocorrer em setembro, o fenômeno não traz a mesma preocupação no atual estágio de desenvolvimento.
– O trigo é uma planta de inverno, consequentemente, tolera temperaturas baixas.
A geada foi mais benéfica do que maléfica, porque o frio impede o aparecimento de doenças, principalmente oídio e ferrugem – explica Claudio Dóro, assistente técnico regional da Emater.
Diretor da Biotrigo, André Cunha da Rosa confirma que, "pelo estágio que o trigo está no Estado, não se espera maiores danos", mas ressalta que a geada "foi extremamente forte":
– No período vegetativo, o trigo é bastante resistente. Mas mesmo que a planta fique queimada, tem volta, é possível recuperar.
No Paraná, no entanto, como há muitas lavouras na fase de floração, a projeção é de que ocorram perdas devido à geada.
– O florescimento é o período mais sensível, porque pode se perder a fertilidade – explica o diretor da Biotrigo.
No Rio Grande do Sul, os próximos 30 dias serão de crescimento intenso da cultura.