O garanhão Equador de Santa Edwiges, que morreu na semana passada em Pelotas, não tinha seguro. Gonçalo Silva, da Trajano Silva Remates, explica que não existe seguradora nacional que faça apólices para cavalos devido à elevada valorização dos animais. É possível contratar apenas com companhias estrangeiras, mas o valor cobrado é considerado muito elevado.
– O grande seguro desses animais é o sêmen congelado. O do Equador, daqui a cinco anos, estará valendo cinco vezes mais – projeta Silva.
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A estimativa é feita com base em dois fatores: a renovação do plantel de animais da raça crioula, que ficou abaixo do esperado, e a singularidade do cavalo, que "era único em termos de genética".
Vendido por R$ 6,97 milhões, em um leilão histórico (foram vendidas 21 cotas), Equador, criado pela cabanha Santa Edwiges, de São Lourenço do Sul, morreu em decorrência de infecção aguda do cólon, apontou laudo da necropsia.
Esse tipo de problema é "altamente fatal", explica o médico veterinário Henrique Noronha, da Comissão de Assuntos Equestres do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RS):
– É um quadro bacteriano grave.