A chuva tem atrapalhado o andamento do plantio de trigo no Estado. No Noroeste, os produtores já deram início aos trabalhos, mas não conseguiram avançar muito por conta do tempo.
Na região de Santa Rosa, a área semeada chega a 10%, um pouco abaixo do que costuma ser neste período, conta José Vanderlei Waschburger, gerente regional da Emater. Custos de produção elevados, preço baixo do cereal, dificuldades na comercialização, prognóstico de chuva acima da média na primavera e redução do preço mínimo estão entre os fatores que explicam o recuo no espaço dedicado à cultura. Para o Estado, a diminuição é estimada em 6,49% pela Emater.
Em Santa Rosa, no entanto, esse percentual gira entre 5% e 20%.
– Essa insegurança de o produtor não saber, quando planta, o preço que terá na colheita, pesa. Na região, o plantio de soja no cedo, também influencia o cultivo de trigo – completa Waschburger.
O assistente técnico regional de Passo Fundo da Emater Claudio Dóro afirma que o produtor está optando por outras lavouras de inverno, como cevada, aveia branca e canola, com menor investimento e maior liquidez.
Presidente da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Hamilton Jardi mantém projeção de recuo de 15% na área do cereal:
– Devemos ter 650 mil hectares. O desestímulo é muito grande.