O Rio Grande do Sul acaba de ganhar uma nova força-tarefa: será para o combate de furto e roubo de defensivos agrícolas. Preocupadas com o aumento do número de casos no Estado, entidades fizeram a solicitação à Secretaria da Segurança Pública.
O modelo será o mesmo da força-tarefa do abigeato. A estimativa é de que, em menos de um mês, já sejam realizadas operações em locais onde há maior registro de ocorrências.
Levantamento aponta que, no Brasil, 20% dos defensivos comercializados teriam origem ilegal ou desconhecida.
– Estamos pedindo ajuda, que barrem essa entrada ilegal e os ataques às revendas de produtos. Em cada ação, o prejuízo é de pelo menos R$ 300 mil – conta Vicente Roberto Barbiero, presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Estado.
Coincidência ou não, os números de ocorrências voltaram a crescer no período de maior utilização dos agroquímicos – de dezembro a janeiro é quando se concentram as aplicações.
Conforme o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), em 15 dias pelo menos cinco ataques foram registrados no Noroeste.
O parlamentar é autor de dois projetos de lei que tratam do tema. Um, que está na Comissão de Constituição e Justiça, transforma em crime hediondo roubo, furto, receptação e contrabando de defensivos agrícolas. O outro, atualmente na Comissão de Finanças, retira o acesso ao crédito do agricultor condenado por uso ilegal dos produtos.