É com base no resultado colhido em 2016 que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), planta a perspectiva de terminar 2017 com um crescimento de 13% nas vendas de máquinas agrícolas no país. No balanço divulgado nesta quinta-feira, os números foram interpretados como positivos, apesar dos indicadores negativos. A comercialização de janeiro a dezembro foi 4,78% inferior à de 2015. Considerando o cenário de crise, o desempenho foi considerado muito bom.
– Foi um dos setores que mais se recuperou e com maior rapidez. Acho que 2017 será ainda melhor – diz Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers).
Para o dirigente, o produtor capitalizado, o bom preço da soja e a alta do dólar foram fatores que ajudaram o segmento de máquinas a sair do atoleiro registrado em 2015, quando a redução nos negócios chegou a mais de 30%.
A existência de crédito (apesar do juro maior) e a solução do imbróglio político também entram na lista de explicações para a retomada do fôlego. A exemplo do que ocorreu na Expointer, quando a prospecção de vendas cresceu 12,5%, Bier projeta uma Expodireto – feira que será realizada de 6 a 10 de março em Não Me Toque – também de crescimento.
No cenário nacional, além do avanço na comercialização, a Anfavea estima alta de 6% nas exportações e expansão de 10,7% na produção. O próximo passo será recuperar os empregos perdidos ao longo da desaceleração da indústria.