Para conseguir segurar a soja na lavoura depois da colheita, à espera de uma alta de preço, os produtores gaúchos passaram a usar mais silos bolsas – sacos gigantes de plástico para estoque de grãos. O uso dessas estruturas temporárias é bem comum nos Estados do Centro-Oeste e do Matopiba, onde o déficit de armazenagem agrícola é bem maior.
Fabricante de embolsadora e extratora de grãos, equipamentos usados para encher e esvaziar as bolsas, a empresa Marcher Brasil percebeu o crescimento da procura no Rio Grande do Sul. Os negócios aumentaram em torno de 30%, na comparação com a safra anterior.
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– O mercado cresce conforme o momento, as compras são feitas em cima da hora. Agora, por exemplo, o produtor quer segurar a soja, e o silo bolsa é a alternativa mais imediata – diz Letícia Rechden, diretora geral da Marcher Brasil, com sede em Gravataí e uma das líderes do segmento no país.
O investimento para o produtor gira em torno de R$ 100 mil, somando a embolsadora e a extratora de grãos, que custam em média R$ 90 mil e tem uma vida útil superior a 10 anos. As bolsas gigantes só podem ser usadas uma vez e custam em média R$ 1,8 mil. Cada uma consegue armazenar 180 toneladas. Estima-se que existam cerca de 70 mil silos bolsas em uso no país.