A Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) dá início nesta quarta-feira à temporada de negociação das suas unidades, com a abertura dos envelopes com propostas para arrendamento da planta de Santa Rosa, no Noroeste. O valor do aluguel está estipulado em R$ 31 mil mensais.
E há interessados. Um deles é a Cooperativa Tritícola Santa Rosa (Cotrirosa), que se habilitou para a disputa. O presidente Eduino Wilkomm explica que, com o arrendamento da unidade, seria possível ampliar a capacidade de armazenagem. Nos últimos dois anos, o volume entregue por produtores cresceu de forma significativa. Na soja, passou de cerca de 1 milhão de sacas para 2,5 milhões.
- Aumentou muito o fluxo de recebimento. Ali (na unidade da Cesa), a capacidade é boa. Viria ao encontro da nossa necessidade - argumenta Wilkomm.
Há ainda o fator localização estratégica: apenas uma cerca separa a cooperativa da estrutura da companhia estadual. Situação semelhante à da Cooperativa Agropecuária de Júlio de Castilhos (Cotrijuc), que está de olho na unidade da Cesa em Júlio de Castilhos. Neste caso, o valor mensal a ser desembolsado é de R$ 33 mil - a abertura dos envelopes ocorre na próxima segunda-feira, dia 7.
A filial de Nova Prata também está no mercado para arrendamento, ao valor estipulado de R$ 8 mil mensais.
- Temos tido procura por informações sobre essas unidades. Se tudo der certo, o edital não ficará sem interessados - aposta Lúcio do Prado, diretor técnico e comercial da Cesa.
Na semana passada, com a aprovação na Assembleia Legislativa da proposta de emenda constitucional (PEC) que põe fim à necessidade de plebiscito para a extinção da companhia, abriu-se caminho para o governo executar o plano que tem. As cinco unidades desativadas (Nova Prata, Santa Bárbara, Caxias do Sul, Estação e Passo Fundo) estão na lista prioritária de negociação.
O repasse, no entanto, se estenderá a outras filiais. Desde que existam interessados.