A Expodireto-Cotrijal desembarcou, literalmente, nos gramados do Palácio Piratini, em Porto Alegre. Para o lançamento da feira realizada anualmente em Não-Me-Toque, no norte do Estado, um grande letreiro ocupou a área verde em frente ao Galpão Crioulo, indicando que o caminho da exposição - pelo menos nesta segunda-feira - era por ali. Ao falar sobre o evento, o presidente Nei César Mânica lembrou da evolução ao longo dos 15 anos:
- Quando começou, nos anos 2000, tínhamos a ambição de ser uma feira regional.
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Hoje, mais do que nunca, a feira se tornou referência dentro e fora do país, atraindo visitantes das mais diferentes partes do planeta. Desde novembro, todos os lotes e estandes estão comercializados - com direito à fila de espera, apesar do momento de crise econômica e política vivido no Brasil.
Por enquanto, não há, no entanto, perspectiva de ampliação à vista.
- Preferimos priorizar a qualidade e valorizar os expositores que estão conosco desde a primeira feira - disse Mânica, acrescentando que uma eventual expansão dependeria de viabilidade de espaço físico no entorno do parque.
Em números, a Expodireto-Cotrijal saiu de R$ 2,1 milhões de negócios em 2000 para R$ 2,1 bilhões em 2015 - tendo atingido, em 2014, o pico de R$ 3,2 bilhões. E viu o número de visitantes saltar de 41 mil para 231 mil pessoas.
- Sabemos que a Expodireto traz o que há de melhor em tecnologia e no campo e também achamos que a feira é um patrimônio dos gaúchos. Um exemplo do Rio Grande do Sul que dá certo - afirmou o governador José Ivo Sartori.
Com apenas R$ 1,5 bilhão em recursos para as linhas de financiamento do Moderfrota até junho, por enquanto, ninguém arrisca um palpite sobre o volume de negócios a serem concretizados nesta edição. A ideia é convencer o governo federal a liberar mais R$ 2,5 bilhões para o ciclo 2016/2017.
A exposição, de 7 a 11 de março em Não-Me-Toque, deverá ter a presença da ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Sobre a vinda da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Expodireto desabafou:
- Cansei de convidar o Lula e a Dilma. Não sei se não enxergam o agronegócio ou se somos o patinho feio da história.