Deve ser concluído até o primeiro semestre de 2017 o "modo desligar" da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa). Esse é o prazo previsto em reunião entre dirigentes da estatal e a cúpula do governo do Estado realizada na segunda-feira, mesmo dia em que o projeto de emenda à Constituição que elimina a necessidade de plebiscito para a extinção da companhia foi votado.
Neste período, deverá ser concluído todo o processo de "desligamento" da Cesa.
- É a venda de unidades ou parcerias público-privadas - explica o secretário da Agricultura, Ernani Polo.
O que muda com a lei que autoriza vender a Cesa sem plebiscito
Na prática, o governo quer sair da operação, vendendo parte do patrimônio ou repassando estruturas para administração da iniciativa privada. Nas três unidades com venda autorizada, a meta é estar com o edital na rua até fevereiro. A de Santa Rosa foi avaliada em R$ 13 milhões, a de Júlio de Castilhos, em R$ 6 milhões, e a de Nova Prata, em R$ 2,5 milhões.
- Diferentemente das outras vezes em que se tentou vender unidades, estamos identificando interessados antes de iniciar o processo - explica Lúcio do Prado, diretor técnico e comercial da Cesa.
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E há quem esteja disposto a comprar. A Cooperativa Agropecuária de Júlio de Castilhos (Cotrijuc) fica em área contígua à da Cesa. Tem 4,3 mil associados e atende 10 municípios. Viu a capacidade de captação crescer mais que a de armazenagem.
- Há interesse principalmente pela localização - confirma Caio Vianna, presidente da Cotrijuc.
No comando da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado, Paulo Pires entende que não existe prejuízo com as mudanças pensadas para a estatal.
- Essas estruturas tiveram papel fundamental na época em que o objetivo era armazenar grãos. Hoje, é receber e vender.
A Cesa tem boca pequena e estômago grande. A estrutura moderna tem de ser boca grande e estômago pequeno - compara.