
A ideia do novo consignado para trabalhadores CLT é permitir que os bancos concorram entre si para apresentar boas propostas de juro nos empréstimos. Por enquanto, as simulações e contratações são pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. A partir de 25 de abril, também poderão ser feitas pelas plataformas dos bancos. Em junho, começa a ser permitida a portabilidade, que é levar o crédito para outra instituição financeira que ofereça taxas melhores. Antes de participar de uma reunião do conselho da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, relatou à coluna suas apostas para a nova modalidade de empréstimo, cujas prestações são descontadas da folha de pagamento.

O banco pretende participar?
Estamos ajustando os sistemas e fazendo o credenciamento, mas vamos atuar. Será o grande crédito da pessoa física dos próximos anos.
Por que esse potencial tão grande?
Pelo número de clientes (47 milhões de trabalhadores elegíveis), pela facilidade e por uma garantia melhor.
Não há receio de alto endividamento, levando à inadimplência?
Creio que vai começar com algumas cautelas, mas vai deslanchar tão logo o mercado conheça bem o operacional e o comportamento das carteiras. Se efetivamente funcionar nos moldes do consignado do INSS, o crédito pessoal vai migrar muito para essa modalidade.
Se ocorrer migração para este crédito mais barato, será ótimo para banco e cliente. Mas e o risco de se somar a outros empréstimos?
Bem implementado, vai beneficiar o sistema, tanto o tomador quanto bancos. Esse vai ser o segredo da atuação de cada instituição, mas tende a ocupar o espaço de outros créditos.
Aproveite também para assistir ao Seu Dinheiro Vale Mais, o programa de finanças pessoais de GZH. Episódio desta semana: a antecipação do 13º dos aposentados pelo INSS
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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