O jornalista Guilherme Jacques colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço.
Que adiantar, no início do ano, o pagamento de um imposto, das mensalidades educacionais ou de saúde, mediante um desconto para pagamento à vista, é sempre o ideal, quase todo mundo já ouviu. Mas nem sempre é possível quitar tudo junto. Quando não é, qual a solução? Basta escolher o que oferece mais desconto e pronto? Não é tão simples. A primeira resposta, segundo a planejadora financeira Letícia Camargo, é que depende de cada caso.
É preciso observar a o momento das finanças pessoais e como elas estão (ou não) organizadas e equilibradas. Só com esse diagnóstico é que se recomenda tomar decisões. Para isso, não tem outro jeito, é preciso se organizar. Colocar tudo na ponta do lápis:
– Se a pessoa já está endividada, não adianta pagar à vista e pegar um empréstimo. Vai ficar pior ainda, o juro do endividamento é maior do que o desconto. Pode até pegar a quantia da reserva de emergência, desde que reponha depois.
Ou seja, parece óbvio, mas não é tanto. Para adiantar algum pagamento com desconto, é preciso ter dinheiro:
– E quando eu falo em ter dinheiro, é ter o suficiente para não comprometer as contas do mês nem ficar sem até o recebimento do próximo salário. Janeiro é um mês complicado, porque você tem impostos, material escolar, a fatura do cartão depois do Natal... Então, é preciso fazer esse levantamento e projetar receitas e despesas.
Outras dicas para se organizar:
- Compare o tamanho do desconto com a quantidade de parcelas que são oferecidas. Quanto mais parcelas, maior deve ser o desconto para valer a pena.
- Se não tiver dinheiro para quitar à vista nem depois para as parcelas futuras, ainda assim, opte pelo parcelamento. É menos ruim se endividar depois do que já agora.
- Aproveite o momento para já projetar o próximo ano. Se necessário, pise no freio. Refaça os planos de gastos e evite as compras por impulso.
- Tente salvar o décimo terceiro que receberá no final deste ano para, de fato, o final do ano. Não comprometa-o, para que possa começar 2026 com as finanças mais equilibradas.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna