A aprovação no Congresso do marco legal tem potencial de destravar US$ 60 bilhões em parques de energia eólica offshore no Rio Grande do Sul, com aerogeradores em água. São 27 projetos já com pedido de licença no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). É uma chance de o Estado atrair na esteira investimentos mundiais para produzir hidrogênio verde, com seus derivados amônia verde, para fertilizantes, e metanol verde, para biodiesel. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Claudio Bier, falou que é uma das apostas do setor.
Qual a potência eólica que o Estado teria?
Temos condições de ter uma Itaipu de energia eólica (referindo-se à maior hidrelétrica do país). O Rio Grande do Sul tem uma situação privilegiada de vento. É constante como no Nordeste.
Mas precisa de muito dinheiro para construir os parques eólicos e o Sul perde para o Nordeste, que tem fundo constitucional, com crédito mais barato. Termos um fundo depende do Congresso. Fiergs trabalhará por isso?
Vamos trabalhar muito, pois é uma grande oportunidade. Imagine o impacto disso para a nossa economia. Estou otimista com 2025 por isso, pela grande safra que termos e pelo investimento de R$ 24 bilhões da CMPC, no qual trabalhamos para expandir a participação de fornecedores gaúchos. Também há os bilhões de reais arrolamos da dívida com Estado com a União. Espero que esse dinheiro vá para obras, que vão movimentar muito nosso Estado. Por isso, prevemos que o PIB do Rio Grande do Sul no ano crescerá 3,25% contra 2,1% do Brasil.
Ouça a entrevista na íntegra:
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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