A taxa de inadimplência dos gaúchos mantém a alta mensal e sequencial desde que os birôs de crédito retomaram a negativação dos consumidores após a suspensão de 60 dias pela enchente. Em outubro, o indicador subiu a 39,40% da população adulta, segundo a Serasa Experian. O recorde foi 39,78%, batido em abril.
Apesar de ter a terceira menor inadimplência do país - a média nacional fica em 45,12%, liderada pelos 61,10% do Amapá -, o Rio Grande do Sul tem 3,486 milhões de pessoas com "nome sujo". Elas estão devendo R$ 19,482 bilhões, o que dá um média de R$ 5.587 por consumidor, especialmente com bancos e financeiras. A taxa de juro em elevação deixa o cenário mais complicado para que os consumidores coloquem as contas em dia.
Número de inadimplentes por cidade:
- Porto Alegre: 501.866
- Caxias do Sul: 141.944
- Canoas: 139.218
- Pelotas: 104.255
- Santa Maria: 95.178
- Novo Hamburgo: 81.709
- Passo Fundo: 73.864
Forma de cálculo
Bastante completo, o indicador da Serasa Experian considera títulos protestados, dívidas vencidas com bancos e não bancárias (lojas em geral, cartões de crédito, financeiras, prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica, água, telefonia, etc) e até cheque sem fundo. Ao não computar apenas a inadimplência do sistema financeiro, ela captura movimentos cíclicos, que, muitas vezes, se manifestam em bancos de 6 a 12 meses depois.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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