Já em ritmo de Black Friday, a gigante do comércio eletrônico Amazon está operando com 100% da capacidade o seu centro de distribuição em Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre. Será a primeira vez. Em geral, a operação gira em torno de 80%. O espaço foi aberto em 2020 e funciona 24 horas por dia em quatro turnos. A previsão é de que no dia 29, data oficial da liquidação, dobre o número de mercadorias processadas no centro de distribuição. O número, porém, não é informado.
Para atender a toda essa demanda, mais do que dobrou temporariamente o número de cerca de 400 funcionários. Também foram abertas 200 vagas para motoristas.
– Todas essas pessoas estão passando por treinamento para começarem a partir da semana que vem, quando o volume da operação cresce – diz a responsável pela operação local da Amazon, Ana Laura Bueno.
A coluna esteve no centro na segunda-feira (18). Já fez outras visitas ao local, mas foi a primeira após a enchente. A água chegou a atingir a parte interna, conta a empresa. A estrutura ficou isolada por 15 dias e inoperante por meses. O acesso só foi feito após a chegada do Exterior da equipe de resposta a desastres da Amazon.
– A equipe tem profissionais de várias áreas. O líder é um ex-veterano de guerra, que esteve no Iraque – comenta Ana Laura.
Uma mudança recente na operação gaúcha da empresa é que, antes de as mercadorias sairem para entrega, algumas são enviadas à nova unidade, aberta em Canoas. Apesar de ser mais uma parada no caminho até o cliente, esta estratégia agiliza a distribuição na Região Metropolitana. Além de todo o Rio Grande do Sul, o centro de Nova Santa Rita também atende Santa Catarina e parte do Paraná.
Efeitos da enchente
Em julho, cerca de 10% do centro de distribuição foi retomado. A reinauguração total ocorreu apenas em setembro, quatro meses depois da enchente. Como prevenção para próximas, foram elevados todos os geradores elétricos e serão colocadas barreiras para evitar que a água atinja o prédio em eventuais novas cheias. As mesmas ações serão replicadas na estação de entrega de Canoas, no bairro Rio Branco, bastante atingido pela inundação.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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