Um novo leilão para importação de arroz não está no radar do governo federal. A garantia foi dada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na Expointer. Ciente de que não há risco de desabastecimento, só haverá a compra se o preço subir demais. O patamar ideal, segundo o ministro, é de R$ 20 a R$ 25 um saco de cinco quilos vendido ao consumidor.
- Temos conversado com os produtores de arroz, que estão nos garantindo que manterão os preços baixos, embora tenhamos percebido aumentos na semana passada. Mas precisamos manter este diálogo porque quem come arroz é o trabalhador brasileiro, que trabalha pesado - disse o ministro.
A coluna havia prometido encaminhar o questionamento ao governo federal quando conduziu o Painel RBS em parceria com Federarroz e Abiarroz, entidades que representam os produtores rurais e a indústria do grão. Obviamente, a possibilidade preocupa bastante o setor. O leilão anterior foi desgastante e acabou cancelado após denúncias de irregularidades, que levaram à exoneração do diretor responsável na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A cadeia produtiva do arroz atribuiu o pico de preço que levou ao leilão à grande procura pelo alimento no início da enchente, dizendo que o ajuste de mercado levou à queda posterior nos valores, como argumentava ao governo federal que ocorreria.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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