Além de uma sabatina às pressas no Congresso, Gabriel Galípolo terá dois grandes entre vários desafios na presidência do Banco Central, para a qual foi indicado oficialmente pelo presidente Lula nesta quarta-feira (28). Um deles é assumir a autoridade monetária, em 2025, com a inflação bastante pressionada. Não está descontrolada, mas está beliscando a meta. Isso significa retomar a tão criticada elevação da taxa de juro Selic, o que até ficou sinalizado nas declarações recentes de Galípolo, embora alguns tenham dito que foram estratégicas para evitar especulações de que permitiria interferência política na instituição brasileira que tem a maior credibilidade mundial.
Aqui, entra o segundo desafio. A política monetária virou personagem de briga política no país, com críticas pessoais e bem agressivas do presidente Lula ao atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Volta e meia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem que apagar incêndios. Galípolo estava no Ministério da Fazenda antes de ser diretor do Bacen. Lembrando que, na entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Lula disse que o seu indicado ao cargo não deverá "favor ao presidente da República".
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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