Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Passado o Dia dos Pais e de olho nas vendas de Black Friday e de Natal, lojistas preocupam-se com a continuidade dos problemas de entrega de mercadorias desde a enchente. Relatos de lojistas enviados à coluna pela Federação das Associações Gaúchas do Varejo (FAGV) apontam demora de 10 dias no trajeto de cargas do Rio de Janeiro que antes levavam de três a quatro dias, mas a dificuldade vale para remessas vindas de São Paulo, Minas Gerais e até mesmo Santa Catarina.
— Dizem não ter carga para levar na viagem de volta para outros Estados, então reduziram a frota — repassa o presidente da FAGV, Vilson Noer.
Dentro do Estado, há também transportadoras que ainda não estão coletando produtos para entregar no Interior, com centros de distribuição inoperantes. Chegam a bloquear o CEP. Vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul (Setcergs), Diego Tomasi chega a listar três problemas que o setor enfrenta:
— Unidades das transportadoras afetadas pela cheia perderam muito tempo até retomar a normalidade das operações; baixo fluxo de cargas para o Rio Grande do Sul atrasa porque o caminhão precisa ter 70% de ocupação para ser sustentável; e a falta de pessoas para trabalhar, já que muitos funcionários atingidos não voltaram.
Aliás, Lajeado terá no sábado (17) um feirão de empregos com 89 vagas para motoristas de caminhão, 10 para mecânicos e 40 vagas para outras atividades, como auxiliar de motorista, conferente de cargas e analistas de gestão. Será das 8h às 11h30min no Posto do Arco Rede SIM, na RS-130.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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