O acirramento da tensão no Oriente Médio após o ataque do grupo extremista Hezbollah e a retaliação de Israel fez o barril do petróleo voltar para cima dos US$ 80. Isso joga água fria em quem esperava corte no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras. O aumento da cotação da commodity mais do que anulou a queda do dólar na sexta-feira, após o banco central norte-americano escancarar queda do juro em setembro.
Nesta segunda-feira, ficou no zero a zero a paridade do preço da gasolina no Brasil em relação ao mercado internacional, após ter ficado cinco dias acima. Ainda há espaço para corte, ainda mais que há interesse em aliviar a inflação, mas a Petrobras tende a esperar o cenário se acalmar antes de mexer em preços. Ou seja, um corte agora sai temporariamente da mesa.
Enquanto isso, há cada vez mais agentes do mercado financeiro apostando que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) voltará a aumentar a taxa de juro Selic no mês que vem. Está em 10,5% e a previsão é de uma elevação de 0,25 ponto percentual.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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