Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Está aberto o espaço para a Petrobras reduzir o preço do diesel e, principalmente, da gasolina. Considerando o mercado internacional como parâmetro, os preços aqui estão parecidos e até maiores. Houve retração da demanda chinesa, alívio na tensão no Oriente Médio e queda do dólar. Além dos fatores objetivos, como os citados, há os subjetivos, como a "segurada" que os combustíveis podem dar na inflação.
O Federal Reserve (FED) – banco central norte-americano – passou a semana dando recados de que deve cortar o juro em setembro, especialmente com a fala do seu presidente, Jerome Powell, hoje no simpósio de Jackson Hole (ou buraco de Jackson, em tradução informal), no Wyoming (EUA). Isso tira mais pressão sobre o dólar, pois atrai mais investimento estrangeiro para cá em busca de maior rentabilidade. Talvez a Petrobras até esperasse essa decisão de setembro para definir os preços nas refinarias em um cenário mais claro. Porém, crescem as previsões de que o Banco Central brasileiro aumente aqui a taxa de juro Selic em setembro.
Sim, para a política de juro, a autoridade monetária tem seus filtros para desconsiderar preços voláteis com impacto de curto prazo, como os combustíveis. Mas isso não impede que a Petrobras queira dar a "sua contribuição" para evitar alta do juro agora. É sabido que a atual gestão da estatal e o governo, que é seu controlador, têm essa tendência.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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